Fundação No ano de 1938, em um depósito da empresa Meletti Cantergiani, na Rua Marechal Floriano, imediações da rua Os 18 do Forte em Caxias do Sul, alguns proprietários de caminhões cansados dos problemas como a falta de cargas e por conseqüência a dificuldade de sobrevivência, decidiram organizar uma espécie de cooperativa. Unidos resolveram: manter dois depósitos, um em Caxias do Sul e outro em Porto Alegre; montar uma oficina e passaram a adquirir peças de reposição e combustível em quantidade para maior vantagem no rateio destes e de outros itens dos seus custos de operação. Eram 13 proprietários de caminhões aos quais se juntaram mais 11 associados que um pouco mais tarde, a primeiro de agosto, firmaram um contrato de constituição do Expresso Caxiense de Transportes Ltda., nome sugerido pelo primeiro gerente da empresa, Armando José Pilla, com o capital inicial de cento e noventa e oito contos de réis. O Caxiense foi a primeira empresa a transportar mercadorias por via rodoviária, entre Caxias do Sul e São Paulo. Em 27 de março de 1969, cerca de 30 anos depois da fundação a primeira razão social foi alterada para Expresso Caxiense S/A. O Transporte de Passageiros Baseados na impossibilidade de concorrer com o transporte ferroviário no transporte de cargas, o Expresso Caxiense decidiu tentar o transporte de passageiros entre Caxias do Sul e Porto Alegre, pois as viagens de trem eram demoradas, cansativas e desconfortáveis. O percurso entre Caxias e Porto Alegre era muito acidentado. Durante e depois das chuvas, a areia da estrada transformava-se em lodaçal em que os veículos atolavam com freqüência. Quando isso acontecia, os próprios passageiros tiravam o paletó, arregaçavam as mangas e ajudavam a livrar o ônibus. Cada viagem durava, em média, de 6 a 8 horas, pela estrada "Júlio de Castilhos", mais ou menos com o traçado da atual São Vendelino. Na época os motoristas do Caxiense exerciam relevante função social. Dirigiam os veículos e cumpriam as missões de "anjos da guarda" de estudantes que lhes eram confiados pelas respectivas famílias. Em geral, eram conduzidos até a porta dos endereços em que hospedariam-se. Transportavam pequenas encomendas, recados no estilo de correio e faziam compras sob encomendas na capital do Estado